Idealizamos as coisas de acordo com as nossas experiências de vida. Boas ou más, todas contribuem para nos ajudar a edificar ideais normalmente perfeitos, a nosso ver.
E durante muito tempo tinha em mente que aquela pessoa era a tal. "The only one", you know. My soulmate e outras expressões bonitas que em inglês ficam sempre melhor.
Neguei cupidos e escapei-me daquilo que considerava ser uma prisão sentimental...o amor.
Nem se quer punha a hipótese de voltar a amar. Esse conceito era completamente repugnante. Os filmes românticos enjoavam-me. E as músicas de fazer corar foram substituídas por batidas alucinantes onde a única letra que ouço é a dos meus pensamentos. A família era porto de abrigo e os amigos passaram também a ser barreira contra dias de introspecção profunda.
Até ao dia em que me senti "apta a seguir em frente. Até a uma próxima vez..". Se por um lado custou, por outro libertou. Foi como voltar a ver o sol após anos de escuridão. Só que em vez de doer nos olhos, doeu no coração.
Tenho aprendido a viver com esta nova realidade. Juro que pensei ser impossível viver sem ninguém no coração. Mas o tempo ajuda. E se ajuda!
Agora? Agora pareço uma criança que não sabe lidar com as emoções. É tudo tão novo. É tudo tão mágico e tão bom outra vez!
Aquelas borboletas na barriga. Aqueles olhares de lado a medo. Um pequeno toque. O corar que só nós sentimos. O medo de tentar. O medo de errar. A impaciência de sentir. A ansiedade de avançar. O receio da rejeição. Um tornado de sentimentos com os quais já lidei mas pareço ter esquecido.
Sei que nunca será a mesma coisa. E por isso talvez não saiba lidar com isto outra vez. E pergunto: se não tivesse sofrido como sofri, as coisas agora seriam assim?
Não sei...! É certo que as pessoas não vêm catalogadas com todos os seus defeitos e qualidades expostos em tópicos. Mas o pézito atrás está lá sempre. Agora menos preso...e ainda bem!
Perdido o medo de voltar a amar, há que correr riscos. Começar pela paixão e deixar que a intensidade do envolvimento flua e faça o resto.
É tão bom voltar a sentir tudo aquilo que um dia julguei que só ia sentir quando te conheci. Mas não. Já não és tu. Há-de ser alguém que mereça o meu coração. Alguém que me faça perceber porque é que as coisas contigo não resultaram. Alguém...
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7 comentários:
Gosto... :)
Nice
Gostei muito, revejo-me completamente neste texto.
Oi. Tudo bem por aqui. Parece sumida. Estive aqui. Muito legal. Após você vir aqui, apareça por lá. Abraços.
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O amor, desfeito deixa restos no nosso ser.
O amor, quando refeito vai ocupando pouco a pouco o ser; deixando os restos de lado.
E o amor e suas variadas cores se espalham por aí, como no seu texto.
Abraço!
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